poetizada

terça-feira, 29 de setembro de 2009

poesia paterna

pés descalços, como vim ao mundo?
nadando entre braços,
esquivando de abraços,
procurando o laço que me fez aqui...

amor era só uma palavra...
não entendia, não compreendia,
nem o que era, nem o que poderia ser, ou viria...
mas, um dia, olhei e vi o que senti como pressão no peito,
como som nas costas, ou cócegas...
vi a mão de meu pai, a boca de minha mãe,
vi o olhar e o som que me viram e abraçaram por tanto tempo...

amor, apenas uma palavra pra quem não entende o carinho de meus pés em meus pés!

o amor existe, vive...
encontro o amor todo dia,
no bom dia de meu pai,
na pele de minha mãe,
no abraço de minha irmã...
no poder sorrir,
com vontade, necessidade, desejo, querer!

o amor existe no leite, que bebo todo dia,
toda noite, toda hora...
e nos meus pés, que desenham (ainda não contadas) histórias...

e se você não acredita em mim, tudo bem!
não tenho nem um ano ainda,
tudo que eu falo é um pouco duvidoso
(menos que o leitinho da minha mãe, seja tão gostoso!).

bom dia,
meu nome é caetano,
ano que vem faço um ano,
e já não acredito em ver nos seus olhos a saudade do bebê que um dia eu fui...



(pezinhos do pequeno, há dois meses, parque do lado de casa )

Um comentário:

morda a maçã!