poetizada

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

porque eu acho que sou de k-pax (ou a mão que balança o berço)

Hoje tive uma conversa que imediatamente me remeteu a esse post muito bom, MUITO BOM, lindo, real:

Tinha lido esse post na semana passada e o assunto ficou martelando na minha cabeça, não tinha digerido muito bem. Hoje tive uma conversa com a menina que trabalha aqui em casa que fez meu estômago embrulhar ainda mais, por isso venho aqui dividir com vocês esse papo pra quem sabe curar a indigestão...

Marinalva me contando que recebeu uma ligação da ex-patroa da irmã (que é babá) para que ela convencesse a irmã a voltar a trabalhar com ela, a ex-patroa já tinha falado com a babá - Francisca -  que disse não estar interessada em volta. Porque ela parou de trabalhar lá? Pois  bem, há uns dois meses a Franscisca, que deveria chegar as 8:00hs na casa da família, estava presa no trânsito (São Paulo, né?) e ligou para avisar que chegaria atrasada. Não é que a patroa fica brava e ela ainda escuta o marido dizendo que "essa gente" era folgada, blábláblá, e outros desaforos que não vale a pena comentar. Os patrões ficaram bravos, disseram pra ela por telefone (isso era 8:30) que ela iria trabalhar sem folgar uma semana pra compensar o atraso e que naquele dia não precisaria mais ir. Franscisca resolveu pedir demissão por conta da situação desconfortável que ficou. Arrumou outro trabalho.
Voltando...a ex-patroa inclusive ofereceu mais dinheiro e agora esta desesperada pois a menina estava terrível e não obedece mais aos pais e só quer a Francisca, deu pra sacar né? Leu o post acima?
Esse pais não sabem lidar com a filha de 4 anos, provavelmente porque nunca lidaram. Desde que ela nasceu tem duas babás: uma durante a semana e a de fim de semana.

Mesmo achando péssimo pais que nunca estão com seus filhos (babá de segunda a segunda), pior ainda é quando esses pais tratam mal a pessoa que cuida da criança. Repito o importante questionamento: "porque essas pessoas decidem ter filhos?". Ou elas não tomam essa decisão com consciência e sim porque é o caminho "natural" dos casamentos, é a cobrança social? Como essa criança entende a grosseria dos pais com uma pessoa que ela gosta e cuida dela? Será que ela não sente o desespero os pais quando se vêem sozinhos com ela?
Eu não nego que as vezes é necessária certa ajuda. Mas será  tão difícil assim passar um fim de semana sem babá? Como será construida e personalidade dessas crianças? Com as referências da babá creio eu: seu gosto musical, as histórias que ela conta, seu jeito de falar.
Sobre a roupa branca (eu não entendo), como uma pessoa comentou no post: o que será desses pais sendo cuidados numa clínica de idosos pelas enfermeiras de branco?? Afe, assustador.
Lembro de ter visto em uma revista uma decoração de um quarto infantil em que a cama da babá já fazia parte do conjunto. Heim??? Eu me sinto cada vez mais um ser de outro  planeta nesse mundo em que a babá passou a fazer parte do enxoval do bebê.

Dá pra me ajudar a responder tantas interrogações?


2 comentários:

  1. eu tenho medo disso tudo, me parece que a babá é um acessório sim, assim como as escravas que colocavam os pertences de suas senhosras e desfilavam no paço para mostrar a posição, o status daquela família, o pior de tudo é nós lindas e belas mães nos matando em parques como ibira ou shopping e as doutoras da criação de branco com crianças birrentas e seus pais bem longe "degustando" a beleza de um passeio no final de semana... pena...pena

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morda a maçã!