poetizada

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

mangia che te fa bene

O grande barato desse mês é a introdução de alimentos. Oh my!! Meu menino tá praticamente um homem feito crescendo.

Um dia disse para a pediatra que a amamentação exclusiva deveria se alongar mais tempo, afinal é tão prático
. É por isso que apesar da euforia por essa nova etapa eu estou em um tipo de luto pelo fim de uma fase, dessa maravilhosa fase aonde somente o leitinho da mamãe alimentou o pequeno.
A introdução não precisa necessariamente começar com seis meses exatos, cada bebê é único assim como cada família. Aqui em casa o pequeno já vinha demonstrando sinais de que estava se preparando: já fica sentado sozinho e se mostra muito interessado pela comida quando estamos comendo. Por outro lado ainda não tem nenhum dentinho.
Essa semana ele fez seis meses e decidimos começar a experimentação. Está sendo lindo poder preparar os primeiros alimentos dele. Em algumas culturas é muito marcante esse momento de introdução alimentar, e não é pra menos. Antes de nascer ele comia através de mim (e com isso eu já cuidava da nossa alimentação com carinho); depois no peito, alimento da melhor qualidade e sempre fresquinhoe  agora o mundo todo pra experimentar. Que maravilha é treinar alquimias, acho que toda mãe tem disso, principalmente no início da alimentação do filhote, isso de querer fazer a comida com as próprias mãos e com todo o amor do mundo.
Eu faço assim: papa de mandioquinha e uns pedaços pra ele pegar, banana amassada e umas rodelas pra ele se divertir, pois se ele não pegar e levar a boca ele não se interessa. E eu aqui respiro fundo porque a bagunça é fundamental, as mãozinhas lindas com comida esmagada entre os dedos; a cara, orelha e cabelos sujos e a maior parte da comida pra fora da boca. Comer mesmo é só um tiquinho! E o leite de mãe continua sendo protagonista dessa peça.
 

O Cacá é pediatra e tem um texto bacana sobre introdução de alimentos em seu blog, no final ele diz um coisa que me emocionou: "porque (a refeição)  se trata de um momento de troca, de carinhos, porque para a criança comer é uma brincadeira. Está vendo as cores nos alimentos, como vê as cores no mundo. Então é como se ela estivesse pondo parte do mundo para dentro. Se ela puder fazer isso de uma forma mais amorosa, é uma possibilidade dela desenvolver uma relação mais amorosa com o mundo e com ela mesmo."


Mamma mia!



 (ontem "comendo" papinha de beterraba)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

blogagem coletiva: gentileza




Hoje é o dia mundial da gentileza e a Luciana, do blog Crianças Pagãs, fez o convite para participarmos dessa blogagem coletiva.

Crianças, mães com crianças pequenas e grávidas são constantes alvos de gentileza. Sempre que saio de casa com o pequeno recebo muitas demonstrações de gentileza: pessoas que cedem o lugar no metrô, se oferecem pra ajudar com as sacolas, me conduzem até o primeiro lugar da fila, etc. Além dos sorrisos e palavras doces.
E as crianças não somente respondem a essa gentileza como são espontâneas nessa demonstração.

Pausa...
Ué, porque a gentileza está tão em baixa ultimamente? Se pensarmos que nós adultos fomos crianças, fico sem entender aonde foi que a gentileza se perdeu. Será que ao amadurecer nos tornamos tão duros e egoístas?
E acho que esse é nosso dever, buscar a gentileza, doar nossos sorrisos e demonstrar respeito e empatia com o próximo. E que isso se torne nossa prática diária e essa experiência faça parte da vida dos nossos filhos para sempre.
Quem sabe um dia sorriremos uns para os outros sem motivo, como só as crianças sabem fazer.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

trocaram meu bebê no apagão

Dois dias depois do apagão estamos eu e Deri no sofá da sala, eu usando o computador e ele vendo tv. De repente a tudo desliga (tv, aparelho da net e roteador), menos de 1 segundo tudo liga outra vez, de novo tudo desliga, passa mais tempo dessa vez e liga. Nós que ainda não tinhamos feito nada, estávamos começando a nos entreolhar e dissemos: "apagão de novo!". Não pode ser, a luz tá acessa! O Deri se levantou pra ver o que estava acontecendo....
O ratinho do nosso filhote estava puxando e comendo o fio! Estava lá na maior cara de pau no cantinho dele, puxou o fio que fica atrás do sofá e babou em tudo estava mordendo o fio.
Juro que achei que essa fase "arteira" fosse demorar mais um pouquinho. Parece que foi ontem que meu bebezinho nasceu. Nesse meio tempo fiz 30 anos. Daqui a menos de 15 dias o pequeno fará 6 meses e vai começar a experimentar novos sabores.
Ei, para tudo!!!
Eu não vou mais piscar, vou ficar de olho aberto 24hs por dia pra curtir cada etapa do filhote, porque com o andar da carruagem se eu piscar de novo ele vai aparecer com a carta de motorista.
Vixe! E eu ainda não li nada sobre a síndrome do ninho vazio, ai ai ai!
Alguém me empresta um colírio?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

poesia para ver


Num dia quente (muito quente) e bonito, eu fiquei contemplativa...talvez por causa do calor que não permitia me mexer muito sem derreter em suor, talvez por causa do céu azul (um azul que não tem nome, só vendo pra entender), sem n e n h u m a nuvem pra quebrar a intensidade, talvez por ter sido a chácara aonde meus avós moraram até o fim da vida.
Por muitos "talvezes" eu fiquei nesse estado de graça e achei essa uma linda imagem, daquelas de guardar as cores, cheiros, sons e emoção do momento.
O que me passou pela cabeça nesse momento foi essa frase de um belo filme: "Eu poderia morrer agora. Estou tão feliz. Estou exatamente aonde eu queria estar". (Brilho eterno de uma mente sem lembranças)


(deveria ser um post só com a foto, sem palavras, mas eu não consigo deixar de compartilhar meus porquês)